Vazio Estrutural e Vantagem Competitiva em Redes

Aos que ainda não entendem a importância das teorias, a frase de Kurt Lewin (FIELD THEORY IN SOCIAL SCIENCE. NEW YORK: HARPER ROW, 1951) é emblemática: “There is nothing so useful as a good theory.”

A propósito, uma das minhas prediletas, e recentemente examinada, é a que defende "the strength of weak ties", por Mark Granovetter (1973) e posteriormente vertida na "structural hole theory", por Ronald Burt, 1992.


Para Granovetter (1973), “... the stronger the tie connecting two individuals, the more similar they are”. (GRANOVETTER, p. 1362).

Com suas idéias vieram os paradoxos: "a) weak ties may generate alienation, but are indispensable to individuals’ opportunities and to their integration into communities; b) Strong ties breed local cohesion but lead to overall fragmentation."

Burt (1992), por sua vez, estendeu e reformulou o argumento dos “elos fracos” ao enfatizar que o que tem importância central não é a qualidade de qualquer elo em particular mas sim a maneira como diferentes partes de uma rede são interligadas.

Ele enfatizou a vantagem estratégica que pode ser desfrutada por indivíduos que têm elos com múltiplas redes que são separadas entre si. Na medida em que eles constituem o único caminho através do qual informação ou outros recursos podem fluir de uma das redes para outra, pode-se dizer que eles exploram “buracos estruturais” na rede total.

Burt ilustra a seguinte situação: é muito mais provável que você consiga uma oportunidade profissional por meio de um contato de alguém que conheceu através de seu amigo, do que consegui-lo diretamente por meio deste seu amigo. 

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