Terceirização - uma discussão que não se encerra nunca

Esse tema nos faz lembrar aquela velha frase de que "...esporte, política e religião não se discute..." (sic), afinal não se consegue chegar a um consenso [sobre tais assuntos] tendo em vista a enorme carga valorativa que os cerca.  

Contudo, defendo que na terceirização, assim como "na política e na religião" [retiro o esporte, por razões óbvias], é possível, senão chegar ao consenso, ao menos entender as razões do dissenso.

A chave é epistemológica e paradigmática. A depender dos paradigmas que se adotar ou escolhas que se fizer (consciente ou não), exsurgirá um sistema de valores, uma cosmovisão que nos guiará a uma forma de pensar, a preferências, vieses ou matizes. Isso nos levará a um posicionamento, no mínimo, simpático ou antipático sobre determinados temas, repletos dessa carga valorativa que os orienta.

A propósito, segue o link de duas interessantes matérias em defesa da terceirização, publicadas nesta semana: a primeira escrita por Paulo Afonso Ferreira, sob o tema "A terceirização e o mito do retrocesso", publicada no jornal "O Globo"; a segunda, um artigo do Mailson da Nóbrega, com o nome "Riscos dos  Freios à Terceirização", publicado na Revista "Veja". Ambas foram reproduzidas no blog RT, que utilizo como fonte para sua reprodução neste post.

Oportunamente trarei a visão do Tribunal Superior do Trabalho e da Procuradoria Geral da República sobre o tema "terceirização", que defendem posições restritivas a sua defesa.

Fica a questão: quais as razões epistemológicas desse antagonismo? as posições antagônicas são conciliáveis?

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